IA ENTREVISTA: ANGÉLICA PEREIRA
- IA Santos
- 10 de abr.
- 4 min de leitura
E se você fosse transportado para dentro de um quadro surrealista... e descobrisse que não está sozinho lá dentro?

Foi assim que começou a jornada de Siena, protagonista de Olhos Amarelos, o romance fantástico da autora Angélica Pereira — uma história mágica com alma brasileira, personagens cativantes e uma aventura que atravessa tintas, memórias e mundos.
Conversei com Angélica sobre sua inspiração, seus desafios como escritora independente, e os segredos por trás desse universo vibrante — incluindo uma personagem inspirada em uma de suas gatas e uma cena poderosa que resgata a primeira lembrança de sua infância. Confira a entrevista na íntegra.
IA - Como você descreveria "Olhos Amarelos" para quem ainda não conhece a obra?
ANNGÉLICA - Olhos Amarelos é uma história de fantasia que se passa no nosso período atual. Siena, a personagem principal, moradora da grande e agitada Aramita, passa o dia trabalhando na livraria Santo Papiro e à noite estudando na Academia de Artes de Aramita. Ela é transportada para dentro de um quadro surrealista do artista mais famoso do momento, Baltazar Mariano. Nesse mundo, ela faz novos e improváveis amigos. Após descobrir uma maneira de voltar para casa, ela discute com o autor das obras e embarca em uma aventura, quadro a quadro, para salvar as pessoas que poderiam estar presas neles, assim como ela ficou.
IA - Qual foi a inspiração central por trás dessa história?
ANGÉLICA - Foi a partir de um sonho do meu esposo sobre demônios presos em um quadro. Vi nesse sonho um potencial para um livro e, conversando com meu esposo e um amigo, desenvolvi essa ideia.
IA - O título "Olhos Amarelos" é intrigante. O que ele simboliza na narrativa (sem
spoilers)?
ANGÉLICA - Um momento importante da história, digamos que uma virada de chave para a aventura.
IA - Como você diria que seu estilo literário evoluiu desde seus primeiros escritos até
este lançamento?
ANGÉLICA - Comecei minha carreira literária escrevendo e publicando contos em livros e revistas. Esses contos, alguns cursos de escrita e uma mentoria com o escritor Davide Lupidi, me ajudaram bastante a lapidar minha escrita e torna minhas histórias mais atraentes e imersivas.
IA - Há personagens ou cenas em "Olhos Amarelos" que foram especialmente
desafiadoras e/ou gratificantes de criar? Qual o seu personagem preferido?
ANGÉLICA - Em um momento da batalha final, Siena, a personagem principal, tem a mente invadida por uma lembrança de sua primeira infância. Ela se vê embalada nos braços da mãe que canta uma canção de ninar. Essa lembrança é a minha primeira recordação da vida. Quando comecei a escrever o livro, logo me veio a ideia de incluir essa lembrança em
um momento crítico para a personagem. Minha personagem preferida é Yuki, ela é baixinha, gorducha e albina. Seus olhos puxados possuem heterocromia, um é verde e o outro azul. Ela tem uma personalidade forte e um gosto por espadas. A Yuki foi inspirada em uma das minhas gatas.
IA - A Opera Editorial sugere um cuidado especial com seus escritores. Como foi essa parceria?
ANGÉLICA - Antes de publicar meu livro pesquisei bastante sobre o mercado editorial e pesquisei muitas editoras. Escolhi a Opera Editorial por se aproximar mais de uma editora tradicional. Gostei bastante de trabalhar com a Opera Editorial pela transparência e comunicação constante. Além disso, eles dão a liberdade para o autor acaso ele queira fazer sua própria capa.
IA - Que mensagem ou sensação você espera que os leitores levem após fechar o livro?
ANGÉLICA - A sensação de ter vivido uma boa aventura. Que o leitor possa se identificar com os personagens e seus dramas. E que a magia pode surgir de lugares inimagináveis.
IA - Como escritora independente, quais são os maiores desafios e as recompensas de
trilhar esse caminho? Que conselho você daria para quem está começando a escrever?
ANGÉLICA - É uma jornada bem difícil, seja pela falta de incentivo a leitura no país ou pela falta de incentivo até das pessoas que nos rodeiam. Além do financeiro que muitas vezes nos afastam de nossos sonhos. Enfim, são muitas pedras no caminho de um escritor, mas é
possível contorna-las ou retira-las. Busque informações, busque profissionalização e tenha paciência, a jornada é longa mas não é impossível.
IA - Quais foram as maiores influências (autores, obras, experiência pessoal) durante
o desenvolvimento de "Olhos Amarelos"?
ANGÉLICA - Sobre autores, eu gosto da forma fluída como J. R. R. Tolkien escreve O Hobbit. Assim como J. K. Rowling e C. S. Lewis fizeram com seus mundos. Aventuras que nos transportam para um mundo só nosso, onde podemos nos aventurar e voltar a ser crianças. Toda aventura tem perigos, gosto do toque de terror trazido por Helena Gomes e Rosana Rios no livro Sangue de lobo. Olhos Amarelos tem um pouquinho de mim em cada momento, seja nas recordações da infância da personagem principal, ou na personalidade de alguns personagens. Para criar os cenários surrealistas, me inspirei em diferentes paisagens do ecossistema da Terra, muitas delas inclusive foram inspiradas em paisagens brasileiras, como praias e florestas tropicais.
IA - Por fim, onde os leitores podem encontrar seu livro e acompanhar seu trabalho?
ANGÉLICA - O livro está sendo vendido no Site da Opera Editorial. É possível acompanhar meu trabalho e encontrar o link para compra do livro no meu Instagram @angelicapereira.escritora
Gostaria de agradecer mais uma vez a autora Angélica Pereira pela gentileza e por nos apresentar sua mais nova obra. E se você é autor independente e busca um espaço para promover o seu trabalho entre em contato no email igorandrepds@gmail.com.
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