A Bienal não é mais a mesma!
- IA Santos
- há 6 dias
- 2 min de leitura
E as Redes Sociais tem tudo a ver com isso...

Antes de tudo. Esta é uma crônica completamente parcial e representa exclusivamente a opinião pessoal do autor (no caso, eu) depois de visitar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro depois de oito anos. Pra mim ficou muito melhor! 🐤📚
Quanto visitei o evento pela primeira vez, tinha apenas 17 anos e nem pensava em ser escritor. Hoje, com mais que o dobro dessa idade e alguns livros publicados, o que posso dizer é que fiquei extremamente contente ao ver ainda mais jovens interessados pelo universo literário. Óbvio que parte dessa "culpa" é dos Influenciadores Digitais e das comunidades do TikTok, Instagram e outras Redes Sociais. E daí? Estão fazendo um bom trabalho onde infelizmente a escola está parecendo fracassar.
E não! A superlotação não me incomodou. Talvez pelo fato de termos ido esperando o pior, aceitei de boa todas as filas quilométricas para estandes disputados, as filas quilométricas para criação de conteúdo em lugares estratégicos, as filas quilométricas para imersões ou as filas quilométricas para qualquer coisa. Chato? Claro! Mas nem de longe tornou-se um problema...
Junto com a polêmica das filas, também falou-se muito sobre a suposta "qualidade" das obras que o público mais jovem estava consumindo. De fato, tinha muito título que leitores mais experientes (e mais chatos) olham e torcem o nariz. Receio incluir-me nesse time, mas quem sou eu pra julgar? Na minha primeira visita à Bienal todo meu investimento literário foi: uma playboy das Sheilas, dois mangás de Dragon Ball, um livro que era uma "versão estendida" da canção "Faroeste Caboclo" e uma Dragão Brasil. E eu não desmereço nenhuma das obras citadas. Nem mesmo a Playboy. Sério.

Aliás, falando em Dragão Brasil, que satisfação foi visitar o estande da Jambo Editora e mostrar com orgulho para minha esposa e cunhados meu nomezinho registrado no Crônicas da Tormenta Vol. 2. Também sofro da vaidade do escritor, ué...🤷🏾♂️
Também tive o prazer de conhecer pessoalmente a Flávia Iriarte do Carreira Literária. Nos esbarramos rapidamente na Editora Rocco, e mesmo numa troca de poucos segundos, em meio a compromissos, ela foi uma querida!
Por fim, momentos inesquecíveis de um dia inesquecível, ao lado de pessoas tão queridas, companheiras de aventuras e dores nas costas. Pessoas que compartilham do meu amor e entusiasmo pela palavra (e pelo cheirinho de livro novo).
Não, a Bienal não é mais a mesma! Ela soube adaptar-se às mudanças sem perder a essência e o propósito. A essência é a literatura. O propósito é promove-la em todas as suas formas. E por isso estão de Parabéns. Vida longa e próspera! 👏🏾📚🐤
IA Santos
(Ficou sem o patinho...)
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