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7 lições que o desafio "Escreva Mesmo Que Não Queira" ensinou para quem topou participar

  • Foto do escritor: IA Santos
    IA Santos
  • 11 de jun.
  • 3 min de leitura
Foram 7 dias de desafios da escrita. 7 novas formas aprender a escrever
Foram 7 dias de desafios da escrita. 7 novas formas aprender a escrever

Há quem acredite que escrever depende de estar “inspirado”. Mas quem escreve de verdade, dia após dia, sabe que inspiração é só uma parte (pequena) do processo — o que mantém a chama acessa e as engrenagens funcionando é a disciplina. E foi exatamente com esse espírito que nasceu o desafio Escreva. Mesmo que não queira.


Durante 7 dias, sugeri aos meus seguidores 7 exercícios de escrita que, embora simples, carregavam um potencial de transformação enorme. Todos foram inspirados no Manual da Redação Descomplicada e no Anatomia da Fantasia Perfeita. Cada tarefa, era uma proposta para encontrar novas maneiras de se relacionar com a escrita.


E agora que o desafio chegou ao fim, vale a pena parar para refletir: o que, de fato, aprendemos com ele?


1. Escrever com verdade

O primeiro exercício pedia: revele algo que você nunca contou a ninguém. Dentre os maiores desafios de quem começa a escrever estão a vergonha, o medo de julgamento e, principalmente, a dúvida: “será que alguém vai se importar com o que eu escrevi?” Esse exercício foi sobre construir cumplicidade com a própria voz. Aprender a confiar que sua história é válida, mesmo que ninguém tenha contado algo parecido antes.


2. Evitar o vício da primeira pessoa

O segundo desafio foi escrever um desabafo sem usar o pronome “eu”. Isso força a saída do foco narcisista, tão comum em narrativas iniciantes. A ideia era treinar uma perspectiva mais universal, mais empática. Uma escrita que observa o mundo antes de simplesmente falar de si.


3. Expressar emoções com profundidade

No terceiro desafio, a proposta era escrever sobre algo que você odeia sem dizer diretamente que odeia. O objetivo? Substituir o discurso raso pela argumentação sensível.

Quem escreve bem não “vomita opiniões” — constrói experiências que convencem. Esse tipo de exercício é essencial para quem quer mandar bem em redações, artigos, crônicas e até nos debates do dia a dia.


4. Escrever com intenção e surpresa

A quarta tarefa era contar uma fofoca com final inesperado. Sim, uma fofoca. Mas com estrutura, com clímax, com plot twist. Esse foi um treino valioso de construção narrativa e ritmo. Saber onde colocar a virada é uma habilidade de ouro para quem quer manter o leitor preso até a última linha.


5. Criar cenários que encantam

No quinto dia, o desafio foi descrever um ambiente da infância como se fosse parte de um universo fantástico. Aqui, a proposta era simples: transformar memória em imaginação.

A descrição é a ponte entre o que o autor vê e o que o leitor sente. Esse exercício ensinou que detalhes bem colocados são capazes de pintar mundos inteiros dentro da cabeça de quem lê.


6. Construir diálogos com conflitos reais

Escrever um diálogo entre duas emoções internas. Foi isso que foi proposto no sexto desafio. Esse exercício tem um valor incalculável: diálogos são o ponto fraco da maioria dos escritores iniciantes. Muitas vezes eles acabam soando forçados, artificiais, didáticos demais. Mas quando você faz raiva e medo discutirem dentro de um mesmo texto, você começa a ouvir suas personagens de verdade.


7. Refletir sobre a própria escrita

O sétimo e último desafio era escrever uma carta para o seu “eu do futuro”. Pode parecer clichê, mas é uma das práticas mais poderosas de todas. Escrever para si mesmo é uma forma de entender melhor quem você é, o que sente e o que espera. Mais do que isso: é aprender a usar a escrita como forma de cura, reflexão e permanência.


Também é importante ressaltar que esses sete dias não foram sobre ensinar a “escrever bonitinho”. Foram sobre encarar travas, exercitar habilidades, desafiar a preguiça e, principalmente, lembrar que escrever é uma das maiores formas de resistência. A cada palavra escrita, nos tornamos um pouco mais autores de nossa própria história.


E se você chegou até aqui, fica meu convite: continue escrevendo. Mesmo que não queira.


IA SANTOS

Escrevendo sem querer e por queres desde os dez anos de idade



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