top of page

Os Conflitos que movem a História

  • Foto do escritor: IA Santos
    IA Santos
  • 12 de fev.
  • 3 min de leitura

Sendo direto e pouco polido: toda boa história precisa de conflitos! Imagine uma história onde tudo dá certo para o protagonista. Ele acorda, toma café, resolve seus problemas sem dificuldades e segue a vida sem obstáculos. Parece chato? Parece e é!


Sem conflitos, não há história. Sem desafios, não há crescimento. Se os personagens não sofrem, mudam e lutam por algo, por que o leitor deveria se importar?


Se quisermos que um livro prenda a atenção do começo ao fim, precisamos entender os tipos de conflito que tornam uma narrativa envolvente. E, principalmente, aprendermos a usá-los do jeito certo.


Porque o Conflito é essencial


Conflito é o motor da história. Ele cria tensão, gera empatia pelos personagens e estimula os leitores a virar as páginas. Quer ver?


Romeu e Julieta sem conflito: Dois jovens se apaixonam e vivem felizes para sempre. Fim.


Romeu e Julieta com conflito: Suas famílias se odeiam, o amor é proibido, segredos são guardados, decisões erradas são tomadas e o destino é cruel. Temos um clássico!


Senhor dos Anéis sem conflito: um mago descobre que um anel tem o poder de trazer um grande mal de volta ao mundo. Ele esconde o artefato para que ninguém nunca possa encontrá-lo. Fim.


Senhor dos Anéis com conflito: o anel que tem o poder de trazer um grande mal de volta ao mundo, também é capaz de seduzir seu portador e só poder ser destruído na montanha onde foi criado (e não dá pra chegar lá em águias antes de destruí-lo). Outro clássico!


E eu poderia citar trocentos outros exemplos, mas acho que você já entendeu onde estou querendo chegar, certo?


Os conflitos que mais vemos


Ok, já vimos que toda história precisar de conflito. Mas quais são os conflitos encontrados na grande maioria das narrativas? Vamos a eles:


Conflito Externo (Homem vs. Homem) - o mais clássico dos conflitos. Aqui o protagonista precisa enfrentar outro indivíduo ou grupo. Exemplo: Harry Potter contra Voldemort.


Conflito Interno (Homem vs. Ele Mesmo) - o protagonista luta contra seus próprios medos, inseguranças, traumas ou desejos conflitantes. Exemplo: Em Breaking Bad, vemos Walter White oscilando constantemente entre abandonar o tráfico de metanfetamina, manter sua reputação como criminoso e manter a segurança de sua família e a própria.


Conflito com a Sociedade (Homem vs. Sociedade) - o protagonista luta contra normas, injustiças ou sistemas opressores. Exemplo: Katniss em Jogos Vorazes enfrentando a Capital.


Conflito com a Natureza (Homem vs. Natureza) - aqui, a sobrevivência está em jogo e tudo que o protagonista precisa fazer e manter-se vivo! Exemplo: O Regresso, onde Hugh Glass luta contra o frio, fome e predadores naturais.


Conflito Sobrenatural (Homem vs. Criaturas/Fenômenos Além da Compreensão) - o protagonista é levado a enfrentar algo além da realidade e compreensão humana. Exemplo: O casal de O Chamado tentando fugir da maldição da fita de vídeo.


Conflito Tecnológico (Homem vs. Máquina/IA) - histórias onde a tecnologia se volta contra o protagonista ou tornar-se uma ameaça à humanidade. Exemplo: Neo contra a Matrix, nós contra a IA.


Conflito do Destino (Homem vs. O Inevitável) - protagonista tenta escapar do próprio destino ou de uma profecia. Exemplo: Édipo Rei tentando fugir de seu destino, apenas para correr direto para ele.


As melhores histórias buscam equilibrar diferentes tipos de conflitos para não cair na mesmice. Não tenha medo de mesclar vários tipos de conflitos na sua trama, ou mesmo subvertê-los para surpreender o leitor.


Em "Um Sonho de Liberdade", por exemplo, a todo momento a narrativa nos leva a acreditar que Dufreine está enfrentando um sistema corrupto que em algum momento irá fazê-lo desistir, direcionando o drama para uma tragédia. No entanto, Stephen King subverte totalmente nossas expectativas e apresenta um final surpreendente pata o personagem.

Como criar conflitos que prendem o leitor


Sem delongas, essas três simples perguntas é tudo que precisamos responder para criar conflitos fortes e envolvente.


1. O que seu personagem mais quer?

Amor? Poder? Liberdade? Vingança?


2. O que está impedindo ele de conseguir isso?

Outro personagem? A própria mente? Um sistema opressor?


3. O que ele está disposto a fazer para superar isso?

Mentir? Lutar? Sacrificar algo?


Ao combinarmos de forma inteligente as respostas para essas perguntas, temos conflitos prontos para serem inseridos em nossas histórias. Parece mágica!


Uma última dica: lembre-se de que quanto mais difícil for o caminho do personagem, mais a história será envolvente.


IA Santos

(Que em A Derradeira Caçada colocou o estoicismo à prova)









Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating

© 2025 por O Diário de IA.

Todos os direitos reservados.

bottom of page