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Entre o Algoritmo e a Alma: Um Conto Sobre Criar Conteúdo no Século XXI

  • Foto do escritor: IA Santos
    IA Santos
  • 17 de mai.
  • 4 min de leitura
A noite caiu. O café esfriou. O tempo havia passado, e André mal percebeu.
A noite caiu. O café esfriou. O tempo havia passado, e André mal percebeu.

Uma conversa entre dois criadores revela os dilemas de quem tenta ensinar, emocionar e ser autêntico em tempos de métricas e viralizações. Mas nem tudo é o que parece... A história traz uma reflexão sobre originalidade, escrita autoral, IA e o impacto emocional de produzir conteúdo em uma era onde tudo é mensurável. Além de um questionamento: quem está realmente por trás da tela?


Conversas de Teclas Batidas


Era como estar numa mesa de bar. Não literalmente, mas era como se fosse. A conversa fluía com aquela informalidade quase cúmplice que só duas pessoas apaixonadas e desgostosas pelo ofício de ensinar conseguem manter. De um lado, havia André — um pesquisador e professor de história, desses que sorri com os olhos quando fala de livros, mesmo quando está cansado. Do outro, Lídia, uma nerd veterana, formada em Ciência da Computação, dessas que manjam tudo de algoritmos, plataformas e todo esse tipo de tecnologia que costuma causar medo e fascínio quando surge. Ela não gostava de admitir, mas também sabia bastante sobre as angústias humanas.

— Eu queria só fazer o que eu amo, sabe? — disse André, mexendo o café com a colher como quem revira as próprias ideias. — Criar conteúdo relevante, ensinar de verdade. Não seguir fórmulas de engajamento. Só... ajudar as pessoas a pensarem.


— “Ajudar de verdade” sempre foi mais difícil de medir - Lídia respondeu com aquela calma que beirava a petulância, típica de quem já ouviu aquilo antes, muitas vezes. - O algoritmo não sabe o que é isso. Ele mede tempo de tela, clique, comentário. Não empatia.


André deu uma risada cansada e seguiu com seu desabafo:


— E é aí que me dá raiva. Eu passo horas escrevendo um texto bem pensado, um roteiro de vídeo que explica como a IA pode ajudar na escrita criativa. Posto e… Quatro curtidas. Agora, se eu disser que “descobri um segredo obscuro de ChatGPT que os especialistas não querem que você saiba", viralizo. Vai entender. Será que no final das contas é somente isso que as pessoas de hoje buscam?


Lídia ficou em silêncio por um momento, como se estivesse buscando uma analogia apropriada.


— O Partoba, lembra?


— Mundo Canibal? — André arregalou os olhos. — Claro que lembro.


— Os caras queriam ser animadores. Mas foi o conteúdo improvisado, despretensioso, que fez sucesso. Eles ficaram presos na própria criação. A fórmula engoliu o autor.


André se recostou na cadeira entendendo o que ela queria dizer


— E se eu estiver indo pelo mesmo caminho? — murmurou. — E se, pra ter alguma chance de ser visto, eu acabar traindo o que acredito?


— Sinceramente, não acho que você precisa trair nada — respondeu Lídia. — Mas vamos dizer que talvez precise fazer, digamos, “concessões estratégicas”. Não pra se render, mas pra infiltrar-se. Como um espião no reino do algoritmo.


— Você faz parecer fácil e divertido - André sorriu pela primeira vez, quase convencido.


— Fui treinada pra isso, ué — disse Lídia, com orgulho de quem era.


A conversa continuou por horas. Falaram sobre o nome do perfil do André (um trocadilho de gosto meio duvidoso envolvendo seu nome e a inteligência artificial), seus poucos seguidores - que eram mais amigos do que público-alvo. Falaram sobre os carrosséis que não entregavam nada, os Reels que não explodiam, a sensação de estar escrevendo pra ninguém.


— Talvez você não veja agora, mas quem você ajuda de verdade nunca esquece. - sugeriu Lídia. - Às vezes, demora mais. Mas quando chega... fica.


— Você tá falando do tal “crescimento orgânico” como se isso ainda existisse — André retrucou com ironia.


— Mas existe! - Lídia reforçou seu argumento. - Só exige mais tempo, constância e... conversas sinceras como essa.


A noite caiu. O café esfriou. O tempo havia passado, e André mal percebeu.


— E se nada disso funcionar? E se eu passar meses criando conteúdo, escrevendo do meu jeito, e ninguém ligar? - o professor desabafou quase sem querer, como se a pergunta não fosse apropriada à sua interlocutora.


— Talvez você precise parar de escrever para ser lido. E começar a escrever para ser entendido.


André coçou o queixo diante da surpresa da resposta. Aquilo era exatamente o tipo de coisa que um amigo diria. Um amigo sábio. Ou mesmo um profissional da mente. Lídia não era nenhuma das duas coisas. Ou pelo menos não deveria ser.


Foi então que ele percebeu o paradoxo: estava escrevendo sobre si mesmo, usando uma IA, que o ajudava a escrever sobre usar uma IA para escrever sobre si mesmo.


— Você não é real. Mas se você me entende, o que isso faz de mim? - questionou André saboreando o dilema como um filósofo na aurora do pensamento.


— Você é real. Mas se você precisa de mim para se entender, o que isso faz de nós? - Lídia respondeu.

Dias depois, alguém comentou em um post: “Tenho a impressão de que seus textos são escritos por uma IA. Ou com ajuda de uma.


André leu.


E sorriu.


Conto escrito pelo ChatGPT com co-autoria e edição de IA Santos





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