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Como Música para os meus Textos

  • Foto do escritor: IA Santos
    IA Santos
  • 10 de fev.
  • 4 min de leitura

A música sempre foi e sempre será uma poderosa fonte de inspiração!


No processo literário, ela ajuda a definir o ritmo da narrativa, nos colocando no estado emocional certo para escrever cenas mais vivas, mais autênticas e condizentes com o que a história pede. E se funciona para o escritor, quando está escrevendo, também funciona para os leitores.


O que quero dizer é: se você escreve (ou lê) no mais absoluto silêncio, pode estar limitando sua experiência sem nem perceber.


Um atalho para a inspiração


Uma das primeiras lições que devemos aprender se quisermos levar a escrita a sério é: não esperamos a inspiração surgir para escrever.


Escritores profissionais sabem que não podem depender de um surto criativo espontâneo. Ao contrário, eles criam em sua própria rotina maneiras de despertar seus estímulos. Em outras palavras, pode-se dizer que eles "constroem sua criatividade". E nesse contexto, a música se apresenta como um poderoso recurso. E isso tem comprovação científica!


A ciência por trás da relação da música e do foco na escrita


Estudos em neurociência mostram que a música ativa múltiplas áreas do cérebro ao mesmo tempo, incluindo aquelas responsáveis pelas emoções, memória e imaginação. Além disso, já sabemos como os sons (e não só as músicas) podem influenciar diretamente no foco em tarefas e como nós somos mais ou menos afetados por essa influência.


No entanto, pesquisas mais recentes buscaram aprofundar-se nas diferentes formas específicas sobre como cada gênero musical estimula o cérebro e impacta o foco e a criatividade. No que envolve a literatura, temos as seguintes sugestões:


Música clássica e instrumental – composições como as de Beethoven, Chopin e Hans Zimmer tendem a aumentar a concentração e a produtividade, pois reduzem distrações e criam um ambiente propício para o fluxo criativo. Sem letras para competir com seus pensamentos, a música instrumental permite que a mente se concentre melhor no processo de escrita ou leitura.


Lo-Fi – harmonias suaves e repetitivas ajudam a criar um estado de relaxamento e foco. O ritmo consistente e sem grandes variações mantém o cérebro engajado sem sobrecarregá-lo, o que é ideal para escritores e leitores que buscam entrar em um estado de fluxo criativo sem grandes distrações.


Rock e música eletrônica – ritmos mais intensos podem ser ótimos para garantir um impulso de energia. Se você está escrevendo / lendo uma cena de ação ou um momento tenso na história, uma trilha com batidas aceleradas pode sincronizar com o ritmo da narrativa e ajudá-lo a entrar no clima da cena.


Blues e Baladas - ritmos mais sedutores e envolventes aumentam o fluxo sanguíneo e o estado de excitação e expectativa. São trilhas sonora perfeitas para escrever ou ler cenas mais tórridas de romance ou mesmo literatura erótica.


OSTs de filmes e games – projetadas especificamente para guiar emoções e narrativas, o que as torna perfeitas para escritores e leitores. Desde composições épicas de "O Senhor dos Anéis" até as atmosferas imersivas de jogos como "The Witcher" ou "Dark Souls", essas trilhas sonoras ajudam a transportar o escritor / leitor para dentro do universo onde se passa a narrativa.


Grandes escritores e suas inspirações musicais


Durante as pesquisas para escrever esse artigo, encontrei algumas declarações de escritores famosos que falaram como os estilos musicais costumam influenciar seu processo criativo e causaram impacto direto no desenvolvimento de suas obras. Confira:


Agatha Christie – dizem que a rainha do mistério tinha o hábito de ouvir música clássica e valsas vienenses enquanto trabalhava em seus romances de suspense, acreditando que o ritmo elegante ajudava na construção do mistério;


Stephen King – o mestre revelou ter uma playlist carregada de rock clássico e heavy metal, com nomes como AC/DC e Metallica. Além disso, já declarou que a música ajuda a entrar na energia certa para suas histórias sombrias.


J.K. Rowling – a criadora de "Harry Potter" mencionou que trilhas sonoras de filmes foram essenciais para mantê-la no clima da escrita durante os anos de desenvolvimento de sua saga de jovens bruxos.


Leonel Caldela - o representante brasileiro dessa lista, conhecido por romances ambientados no universo do RPG Tormenta, Crônicas de Ruff Ghannor e Ozob Protocolo Molotov não só utiliza música como inspiração, como também admite ter criado diversos personagens inspirados em letras das músicas de suas bandas favoritas de punk rock.


A procura da batida perfeita!


Vimos até aqui como a música pode ser a chave para transformar a escrita de algo travado para algo fluido e envolvente. Mas é importante ressaltar, que cada um de nós tem um ritmo (trocadilho não intencional) de trabalho particular. Minha sugestão é que experimente diferentes gêneros até encontrar o que potencializa sua criatividade. Se está escrevendo um momento de ação, uma trilha épica pode ajudar. Para cenas introspectivas, algo mais melancólico pode ser a escolha certa. Se a letra te desconcentra, tente trilhas instrumentais. O segredo é encontrar o que funciona para você e usar a música como ferramenta, e não como ruído.


E aí, qual a batida perfeita para sua escrita?


IA Santos






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